terça-feira, 25 de novembro de 2014

Ao acaso do destino

Hanneri uma jovem linda de 1.65 de altura, vinte anos de idade, cabelos lisos loiros, olhos cor de mel, boca carnuda, pele branca. Porém, solteira por opção. Está no oitavo semestre de medicina na Faculdade USP, na última semana de aula, logo entraria de férias e querendo ir para Rio Grande do Sul.

― Mãe, pai, eu estou entrando de férias iuppppp, vou viajar, curtir...

― Que boa filha, eu apoio você em tudo, e seu pai idem, não é Humberto?
― Uhum, claro apoio sempre, mas para onde deseja ir minha filha?
― Para o Rio Grande do Sul, o que vocês acham da ideia?
― Excelente! ― disseram em coro os pais orgulhosos pela filha única ter escolhido medicina 

― Bem o papo está maravilhoso, mas vou ao meu quarto arrumar minhas malas, parto daqui há 3 horas, mãe a senhora poderia me avisar quando a janta estiver pronta, por favor?
 

― Sim, Hanneri claro minha filha!
 

Beijou-os na face como de costume, e subiu para arrumar os seus pertences. Separou a roupa que iria viajar deixou em sua cama, e foi direto ao banho. 

― Nossa que linda Lua! ― Contemplou-a. ─ Amo a Lua desde pequena, amo um doutor e adoraria saber se ele vai ao Congresso de Medicina, me ajuda Lua...
Terminado o banho, se penteou, e aguardava sua mãe Raquel chamá-la para jantar. 

― Filha venha, a janta está pronta!
― Adoraria que a senhora desse uma subidinha aqui, preciso de uma mãozinha.
Dona Raquel estranhou o pedido da filha, mais mesmo assim foi ter com ela em seu quarto. ― Sim, minha filha o que há?
― Mãe, eu estou indo para um Congresso de Medicina, Dr. Eros estará presente, será um palestrante.
― Que emoção, querida bem que seu pai estava desconfiado. Eu adoro saber que você confia em mim. Eu quero que seja feliz, e convicta do que deseja. Ele é livre? 

― Não mãe, eu sei que ele tem interesse em uma pessoa, mas não quero nem pensar nisso agora e sim nessa viagem. 
― Fez o pedido á Lua?
― Mulheres da minha vida, por favor, eu estou morrendo de fome, desçam...
Dona Raquel, ajudando levar as malas para baixo junto com a Roberta. E assim, iriam todos jantar 

― Trinta dias fora das garras do seu pai, hein, Hanneri? Fico feliz que vai se divertir. 
― Sabe que preciso viajar, estou exausta mental e físicamente.
 


E assim se seguiu o jantar. Hanneri viu a hora e deu um pulo da cadeira, pois ainda precisava fazer o check-in no aeroporto. 

― Nossa, vou me atrasar, subo para me arrumar, o senhor me leva no aeroporto? 
― Sim, como negar um pedido desses.
 

Hanneri subiu, terminou de se arrumar e desceu em 5 minutos.
 

― Mãe, fica bem e aproveitem para namorarem. ― beijou a mãe e saiu rindo.
― Só você mesmo filha, te amo, se cuida... ― se despediu dela.
 

Seu Humberto e Hanneri, rumo ao aeroporto, conversando rindo, e pai sempre curioso. 

― Tem algum paquera nessa viagem?
― Pai que é isso? ― riram. ─ Não sabes que sou chata para isso, não gosto desses rapazes da minha idade, cabeça fraca. Prefiro ficar solteira e aproveitar minha viagem, bem chegamos. 

― Estou perguntando demais. Calo-me. Quer minha ajuda para ir ao check-in?
 

― Não, vou daqui mesmo, grata pelo seu amor, eu te amo, fui. Até a volta, namore bastante a mamãe. Iuppp e lá vou eu!
 

Seu Humberto, vendo aquela cena toda, a única filha, fazendo piruetas no ar. Estava com os olhos encantados. Mas sabe que filhos são do mundo. Entrou no seu carro, agora iria curtir e sair com a dona Raquel, estava feliz. E foi sorrindo para a sua casa. Hanneri, procurando a companhia aérea e fazer check-in.
 

Despachou as bagagens e com isso estava com fome, aeroporto lotado. Procurou a lanchonete mais próxima, entrou e foi ao caixa fazer seu pedido. Olhou em volta não tinha mesa vazia. "E agora?" pensou ela. Comer em pé, como é desagradável. Olhou numa mesa ao fundo e percebeu que só havia uma pessoa na mesa e foi em direção á ela.

― Com licença, será que seria incômodo, me sentar junto, pois a lanchonete está lotada e não possuem mais mesas.
 

Quando ela foi falando, e nisso ela viu quem era a pessoa, ficou sem graça.
 

― Claro, por que não?
 

Era Eros, estava tremendo, queria sair dali naquele momento, mas seria muito grosseira se fizesse isso. 

― Nossa você me parece familiar, por favor, sente-se, não mordo, fica á vontade
― Sim, claro que me conhece, fui sua aluna, no primeiro período do curso de Medicina na Faculdade da USP.
― Hummm, você é a Hanneri! Meu Deus como está linda, ou melhor, você sempre foi linda e está mais.
― Nossa, grata pelo seu carinho por mim, não se esqueceu do meu nome. - Estava roxa de vergonha, sentindo as suas bochechas queimarem.
― Sabe, sou verdadeiro, sincero, não sei ser diferente. Mas, me desculpe seu namorado ou marido, não deve gostar de certos elogios, me perdoe.
― Namorado? Sou muito seletiva, e não estou com ninguém, apenas acho esses rapazes de hoje em dia todos mimados, e preciso festar solteira por opção.
 

Ele sentia seu coração disparar, pois sempre tivera uma quedinha por Hanneri, sempre tão bela, sempre todos a olhavam com olhos de desejo. Mas, ele sim queria namorá-la, ter em seus braços, sentir seu toque, mas como fazer ou tentar alguma aproximação. Teria que pensar.
 

“Atenção senhores passageiros, o voo com destino ao Rio Grande do Sul acaba de ser cancelado, por motivo de mal tempo e não podemos prosseguir a viagem. Por favor, dirijam aos check-in de sua companhia aérea e busquem mais informações. Desculpem o transtorno. Tenham uma excelente noite!”
 

― Como assim, cancelar o voo, meu Deus e agora, o Congresso de Medicina. ― Levou às mãos a cabeça, e entrou em total desespero. ― Calma, Dr.Eros. Vamos até o check-in e vamos ter todas as informações e... ― foi interrompida. ― Sim, irei, mas, sem essa de Dr. Me chame de Eros, Hanneri, por favor.
 

Foi á companhia aérea, e tiveram uma notícia, que iriam ficar naquela noite no hotel Hilton, e que na manhã seguinte iriam para Rio Grande do Sul.
 

― Hanneri, eu sei que mora aqui, você pode voltar para casa, mas... ― Não, eu quero ficar no hotel como todos, e amanhã cedo iremos para Rio Grande do Sul.
 

Chegando á recepção, como o hotel já estava com a maioria de sua hospedagem por completa. Ruth, a recepcionista informou ao Carlos e Roberta.
 

― Só temos um quarto conjugado, pode ser esse ou vocês se incomodam?
― Não, mas me desculpe à falta de conhecimento, mais o que seria quarto conjugado? ― deu um leve sorriso de canto.
― Pode deixar Ruth, eu mesmo explico á ela, me dê somente ás chaves das suítes, por favor. ― Sim, suíte 331, e suíte 332, tenham uma excelente noite qualquer coisa chamar o nove e iremos atender. Até.

― Até.
 

No elevador, Eros, foi explicando á Hanneri sobre o que seria um quarto conjugado.

― Hanneri, quarto conjugado, é usada quando o casal têm filhos, pois os pais ficam em um quarto e existe uma porta que faz ligação entre os quartos.
― Claro grata! ― ela sentia algo diferente.
― Chegamos sua suíte 333, a minha 331, até amanhã, Hanneri dorme bem.
― Idem, Eros.
 

Hanneri entrou no quarto, que era do tamanho da sua casa. Foi logo para o banheiro queria ver se era mesmo parecido nas revistas.
 

― Nossa, que coisa linda, bem mais que as revistas falam, bem eu vou encher a banheira com espuma de banho. Ainda bem que trouxe minhas velas aromatizadas, humm, vai ficar uma delícia, mas queria a presença dele aqui comigo.
 

Eros, em seu quarto, com todos os pensamentos na Hanneri lembrando de que a chamou de minha querida.

― Nossa que vacilo que eu dei, acho que dei bandeira. Ela percebeu e me deu um fora.
 

Hanneri totalmente nua entrou aos poucos na banheira, e ficou pensando o porquê dele me chamar de minha querida. Não entendeu, mas amanhã vamos viajar, e quem sabe ele me explica. Colocou a toalhinha nos olhos para relaxar e lembrar-se daquele homem lindo que ela amava.

Eros, não conseguia dormir, sentia um perfume diferente vindo do quarto da Hanneri, e levantou foi até a porta que fazia a ligação dos quartos, ouviu a música bem baixinha, e sentia o perfume das velas. E, mexeu na porta viu que estava destrancada. Pensou: "Será que ela deixou aberta? Ai meu Deus, me ajude, pois quando eu vou ter outra chance de estar junto á essa linda mulher de todos os meus sonhos?" Ele abriu sem medo, seguiu o seu coração.
Hanneri, ouvindo a música que por sinal, Eros adorava aquela canção, quanto aos detalhes que ela sabia dele, será que seria eu o amor da vida dela?
 

― Eros eu sinto e sei qual é seu perfume há muito tempo.
 

Deitada sem se mover, ela foi falando e ele calado cada vez mais a admirando.
 

― Como sabe tanto sobre mim? Preciso falar uma coisa. E sinto que agora é a hora certa: eu te amo, minha querida. Sempre amei você.
 

Hanneri ficou tão surpresa que quase se afogou na banheira.

― Como assim, Eros, sempre me amou?
― Desculpe. ― Segurando ela pelos braços para não se afogar. ─ Calma, Hanneri, eu sempre amei você, mas pensei que tinha algum namorado.

― Eu sempre amei você, como eu amo, mas pensei que você era comprometido.
― Não minha querida, será que posso te acompanhar nesse banho, que deve estar magnífico, e na sua presença seria maravilhoso.
― Venha meu doce doutor, meu amor de hoje, amanhã e sempre, nem precisava pedir. Você era o ingrediente que faltava na vida, nessa banheira também...
 

Eros foi entrando, e a água estava perfeita, e agora mais ainda.
 

Beijaram-se durante aquele banho maravilhoso. Depois, foram para o quarto, e fizeram o pedido na recepção. Jantar e um excelente vinho. Á noite foi regada de declarações, dormiram abraçados, com juras de amor. Na manhã seguinte.
 

― Bom dia minha querida. ― Eros com uma rosa vermelha junto com o café da manhã nas mãos. ― Quer namorar comigo? Não quero perdê-la nunca mais!
 

― Bom dia, querido. Que bela rosa, e que declaração logo cedo, sim aceito, e nem eu quero perdê-lo novamente em minha vida!

Beijaram-se, tomaram o desjejum, arrumaram bagagens, e rumo ao aeroporto, para o Rio Grande do Sul. E assim seguiram felizes.

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