― Mãe, pai, eu estou entrando de férias iuppppp, vou viajar, curtir...
― Que boa filha, eu apoio você em tudo, e seu pai idem, não é Humberto?
― Uhum, claro apoio sempre, mas para onde deseja ir minha filha?
― Para o Rio Grande do Sul, o que vocês acham da ideia?
― Excelente! ― disseram em coro os pais orgulhosos pela filha única ter escolhido medicina
― Bem o papo está maravilhoso, mas vou ao meu quarto arrumar minhas malas, parto daqui há 3 horas, mãe a senhora poderia me avisar quando a janta estiver pronta, por favor?
― Sim, Hanneri claro minha filha!
Beijou-os na face como de costume, e subiu para arrumar os seus pertences. Separou a roupa que iria viajar deixou em sua cama, e foi direto ao banho.
― Nossa que linda Lua! ― Contemplou-a. ─ Amo a Lua desde pequena, amo um doutor e adoraria saber se ele vai ao Congresso de Medicina, me ajuda Lua...
Terminado o banho, se penteou, e aguardava sua mãe Raquel chamá-la para jantar.
― Filha venha, a janta está pronta!
― Adoraria que a senhora desse uma subidinha aqui, preciso de uma mãozinha.
Dona Raquel estranhou o pedido da filha, mais mesmo assim foi ter com ela em seu quarto. ― Sim, minha filha o que há?
― Mãe, eu estou indo para um Congresso de Medicina, Dr. Eros estará presente, será um palestrante.
― Que emoção, querida bem que seu pai estava desconfiado. Eu adoro saber que você confia em mim. Eu quero que seja feliz, e convicta do que deseja. Ele é livre?
― Não mãe, eu sei que ele tem interesse em uma pessoa, mas não quero nem pensar nisso agora e sim nessa viagem.
― Fez o pedido á Lua?
― Mulheres da minha vida, por favor, eu estou morrendo de fome, desçam...
Dona Raquel, ajudando levar as malas para baixo junto com a Roberta. E assim, iriam todos jantar
― Trinta dias fora das garras do seu pai, hein, Hanneri? Fico feliz que vai se divertir.
― Sabe que preciso viajar, estou exausta mental e físicamente.
E assim se seguiu o jantar. Hanneri viu a hora e deu um pulo da cadeira, pois ainda precisava fazer o check-in no aeroporto.
― Nossa, vou me atrasar, subo para me arrumar, o senhor me leva no aeroporto?
― Sim, como negar um pedido desses.
Hanneri subiu, terminou de se arrumar e desceu em 5 minutos.
― Mãe, fica bem e aproveitem para namorarem. ― beijou a mãe e saiu rindo.
― Só você mesmo filha, te amo, se cuida... ― se despediu dela.
Seu Humberto e Hanneri, rumo ao aeroporto, conversando rindo, e pai sempre curioso.
― Tem algum paquera nessa viagem?
― Pai que é isso? ― riram. ─ Não sabes que sou chata para isso, não gosto desses rapazes da minha idade, cabeça fraca. Prefiro ficar solteira e aproveitar minha viagem, bem chegamos.
― Estou perguntando demais. Calo-me. Quer minha ajuda para ir ao check-in?
― Não, vou daqui mesmo, grata pelo seu amor, eu te amo, fui. Até a volta, namore bastante a mamãe. Iuppp e lá vou eu!
Seu Humberto, vendo aquela cena toda, a única filha, fazendo piruetas no ar. Estava com os olhos encantados. Mas sabe que filhos são do mundo. Entrou no seu carro, agora iria curtir e sair com a dona Raquel, estava feliz. E foi sorrindo para a sua casa. Hanneri, procurando a companhia aérea e fazer check-in.
Despachou as bagagens e com isso estava com fome, aeroporto lotado. Procurou a lanchonete mais próxima, entrou e foi ao caixa fazer seu pedido. Olhou em volta não tinha mesa vazia. "E agora?" pensou ela. Comer em pé, como é desagradável. Olhou numa mesa ao fundo e percebeu que só havia uma pessoa na mesa e foi em direção á ela.
― Com licença, será que seria incômodo, me sentar junto, pois a lanchonete está lotada e não possuem mais mesas.
Quando ela foi falando, e nisso ela viu quem era a pessoa, ficou sem graça.
― Claro, por que não?
Era Eros, estava tremendo, queria sair dali naquele momento, mas seria muito grosseira se fizesse isso.
― Nossa você me parece familiar, por favor, sente-se, não mordo, fica á vontade
― Sim, claro que me conhece, fui sua aluna, no primeiro período do curso de Medicina na Faculdade da USP.
― Hummm, você é a Hanneri! Meu Deus como está linda, ou melhor, você sempre foi linda e está mais.
― Nossa, grata pelo seu carinho por mim, não se esqueceu do meu nome. - Estava roxa de vergonha, sentindo as suas bochechas queimarem.
― Sabe, sou verdadeiro, sincero, não sei ser diferente. Mas, me desculpe seu namorado ou marido, não deve gostar de certos elogios, me perdoe.
― Namorado? Sou muito seletiva, e não estou com ninguém, apenas acho esses rapazes de hoje em dia todos mimados, e preciso festar solteira por opção.
Ele sentia seu coração disparar, pois sempre tivera uma quedinha por Hanneri, sempre tão bela, sempre todos a olhavam com olhos de desejo. Mas, ele sim queria namorá-la, ter em seus braços, sentir seu toque, mas como fazer ou tentar alguma aproximação. Teria que pensar.
“Atenção senhores passageiros, o voo com destino ao Rio Grande do Sul acaba de ser cancelado, por motivo de mal tempo e não podemos prosseguir a viagem. Por favor, dirijam aos check-in de sua companhia aérea e busquem mais informações. Desculpem o transtorno. Tenham uma excelente noite!”
― Como assim, cancelar o voo, meu Deus e agora, o Congresso de Medicina. ― Levou às mãos a cabeça, e entrou em total desespero. ― Calma, Dr.Eros. Vamos até o check-in e vamos ter todas as informações e... ― foi interrompida. ― Sim, irei, mas, sem essa de Dr. Me chame de Eros, Hanneri, por favor.
Foi á companhia aérea, e tiveram uma notícia, que iriam ficar naquela noite no hotel Hilton, e que na manhã seguinte iriam para Rio Grande do Sul.
― Hanneri, eu sei que mora aqui, você pode voltar para casa, mas... ― Não, eu quero ficar no hotel como todos, e amanhã cedo iremos para Rio Grande do Sul.
Chegando á recepção, como o hotel já estava com a maioria de sua hospedagem por completa. Ruth, a recepcionista informou ao Carlos e Roberta.
― Só temos um quarto conjugado, pode ser esse ou vocês se incomodam?
― Não, mas me desculpe à falta de conhecimento, mais o que seria quarto conjugado? ― deu um leve sorriso de canto.
― Pode deixar Ruth, eu mesmo explico á ela, me dê somente ás chaves das suítes, por favor. ― Sim, suíte 331, e suíte 332, tenham uma excelente noite qualquer coisa chamar o nove e iremos atender. Até.
― Até.
No elevador, Eros, foi explicando á Hanneri sobre o que seria um quarto conjugado.
― Hanneri, quarto conjugado, é usada quando o casal têm filhos, pois os pais ficam em um quarto e existe uma porta que faz ligação entre os quartos.
― Claro grata! ― ela sentia algo diferente.
― Chegamos sua suíte 333, a minha 331, até amanhã, Hanneri dorme bem.
― Idem, Eros.
Hanneri entrou no quarto, que era do tamanho da sua casa. Foi logo para o banheiro queria ver se era mesmo parecido nas revistas.
― Nossa, que coisa linda, bem mais que as revistas falam, bem eu vou encher a banheira com espuma de banho. Ainda bem que trouxe minhas velas aromatizadas, humm, vai ficar uma delícia, mas queria a presença dele aqui comigo.
Eros, em seu quarto, com todos os pensamentos na Hanneri lembrando de que a chamou de minha querida.
― Nossa que vacilo que eu dei, acho que dei bandeira. Ela percebeu e me deu um fora.
Hanneri totalmente nua entrou aos poucos na banheira, e ficou pensando o porquê dele me chamar de minha querida. Não entendeu, mas amanhã vamos viajar, e quem sabe ele me explica. Colocou a toalhinha nos olhos para relaxar e lembrar-se daquele homem lindo que ela amava.
Eros, não conseguia dormir, sentia um perfume diferente vindo do quarto da Hanneri, e levantou foi até a porta que fazia a ligação dos quartos, ouviu a música bem baixinha, e sentia o perfume das velas. E, mexeu na porta viu que estava destrancada. Pensou: "Será que ela deixou aberta? Ai meu Deus, me ajude, pois quando eu vou ter outra chance de estar junto á essa linda mulher de todos os meus sonhos?" Ele abriu sem medo, seguiu o seu coração.
Hanneri, ouvindo a música que por sinal, Eros adorava aquela canção, quanto aos detalhes que ela sabia dele, será que seria eu o amor da vida dela?
― Eros eu sinto e sei qual é seu perfume há muito tempo.
Deitada sem se mover, ela foi falando e ele calado cada vez mais a admirando.
― Como sabe tanto sobre mim? Preciso falar uma coisa. E sinto que agora é a hora certa: eu te amo, minha querida. Sempre amei você.
Hanneri ficou tão surpresa que quase se afogou na banheira.
― Como assim, Eros, sempre me amou?
― Desculpe. ― Segurando ela pelos braços para não se afogar. ─ Calma, Hanneri, eu sempre amei você, mas pensei que tinha algum namorado.
― Eu sempre amei você, como eu amo, mas pensei que você era comprometido.
― Não minha querida, será que posso te acompanhar nesse banho, que deve estar magnífico, e na sua presença seria maravilhoso.
― Venha meu doce doutor, meu amor de hoje, amanhã e sempre, nem precisava pedir. Você era o ingrediente que faltava na vida, nessa banheira também...
Eros foi entrando, e a água estava perfeita, e agora mais ainda.
Beijaram-se durante aquele banho maravilhoso. Depois, foram para o quarto, e fizeram o pedido na recepção. Jantar e um excelente vinho. Á noite foi regada de declarações, dormiram abraçados, com juras de amor. Na manhã seguinte.
― Bom dia minha querida. ― Eros com uma rosa vermelha junto com o café da manhã nas mãos. ― Quer namorar comigo? Não quero perdê-la nunca mais!
― Bom dia, querido. Que bela rosa, e que declaração logo cedo, sim aceito, e nem eu quero perdê-lo novamente em minha vida!
Beijaram-se, tomaram o desjejum, arrumaram bagagens, e rumo ao aeroporto, para o Rio Grande do Sul. E assim seguiram felizes.
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