segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Sentimentos e Confissões femininos

As crianças de férias indo pra casa dos avós e seu marido em viagens pela empresa. E Sophia? Sozinha como sempre. Foi então que veio a sua mente a imagem de Jennifer que a fez arrepiar. Buscou em seus álbuns algumas fotos antigas a procura de fotos de Jennifer. Ao encontrá-las muitas lembranças vieram a sua mente. Sophia estava deitada em sua cama, usava roupas leves, porém envolta em cobertas devido o frio de inverno. Gostoso para bater papo com uma boa companhia, lembrar momentos e rir. Lembrou-se de como ela e sua amiga sorriam por qualquer coisa, e sem motivos. Naquele momento, ouvindo a música Enigma sua mente vagava com as imagens de Jennifer.

Procurou uma antiga agenda e achou o telefone da sua amiga. Buscou coragem e ligou para ela. Mas antes pensou. Será que ela vai lembrar-se de mim? Das nossas conversas? Será que se casou? Não obteve resposta de seus questionamentos, mas mesmo assim ligou. O telefone deu três toques e Sophia pensou em desligar, porém esperou chamar mais uma vez. Surpresa ouviu um Alô. Ela congelou. Ou seja, travou do outro lado da linha. Jennifer falou alô mais uma vez e Sophia respondeu.
        ― Oi, gostaria de falar com a Jennifer.    
        ― Quem gostaria? É ela quem fala.

Sophia corou a face do outro lado da linha e começou a falar que era sua amiga da escola. Por sorte Jennifer se recordou da sua inesquecível amiga. Em meio à conversa ela disse que também estava casada e infeliz. Por isso Sophia perguntou se ela gostaria de passar um fim de semana com ela para colocar a conversa em dia, dar umas boas risadas e falar sobre os maridos, filhos e casa. Jennifer uma linda morena de fechar o trânsito respondeu.
          ― Sim preciso rever você. Onde você mora? Que horas e quando quer que eu vá?  
        ― Na minha casa da Serra, amanhã cedo eu peço para meu motorista Jeames passar em sua casa e pegar você. Pode ser as 09:00 horas?
         ― Sim claro, vou adorar revê-la, temos muito que conversar.
         ― Ok Jennifer você vem e aí falamos.
         ― Beijos a você minha linda...

Ao desligar o telefone Sophia e reviver mais uma vez as lembranças das conversas, risadas, atenção e dos olhares entre ela e Jennifer trocavam na adolescência, ela resolveu  tomar um gostoso banho de banheira. Preparou o seu banho com velas, sais perfumados e entrou na banheira. Enquanto se banhava sorria sozinha. Espiou pela janela e contemplou a linda lua que iluminava aquela noite especial onde havia falado com sua melhor amiga.

Terminou o banho e enrolou-se em uma toalha macia passando-a em seu suave rosto, sempre se lembrando de Jennifer e de sua voz calma ao telefone. Olhou novamente a lua e fez um pedido.
        ― Oh lua linda que me acompanhou neste maravilhoso banho, me ajude amanhã a ser sincera com minhas palavras fazendo jus aos meus pensamentos.

Após seu pedido a lua deitou-se apenas com uma lingerie de baixo. Seu quarto estava quentinho, lareira acessa uma taça de vinho na mesinha de cabeceira. Solveu um gole de seu vinho e deitou-se olhando por mais uma vez a lua, pois estava encantada com ela. Assim Sophia dormeceu. Durante seus sonhos desejou e delirou com a imagem e a voz de Jennifer ao telefone. Essa imagem não saia do seu sonho e refletia em seu corpo. Naquela noite ela acordou várias vezes, e sempre com a imagem, e a voz de Jennifer em sua mente e em seu corpo.

Levantou-se cedo como já era de costume e sentiu seu corpo quente, pensou que poderia estar febril, mas no fundo sabia que era decorrente aos sonhos quentes da noite passada. Assim que entrou no banho ao tocar seu corpo percebeu que havia se excitado durante os sonhos. Saiu do banho e verificou que chegava a hora de buscar Jennifer em sua casa. Colocou roupas básicas, calça, camiseta branca, bota, um chapeuzinho, brincos, óculos escuros e maquiagem suave. Sempre sorrindo quando se arrumava. Olhou-se no espelho e percebeu que estava mais que feliz, estava radiante. Parou por um instante e perguntou-se por que não ficava assim quando seu marido Lucas estava seu lado. Por quê?

Deixou isso pra lá e ficou parecendo uma criança feliz sorrindo e com felicidades há mil. Chamou Jeames e foram buscar sua amiga. Sophia se sentou atrás e deu endereço da casa de Jennifer e disse:
       ― Você pode ficar de folga este fim de semana voltando somente na segunda-feira as 7 da manhã.

Jeames agradeceu, pois sua mãe estava muito doente, e ele teria que levá-la ao hospital. Sophia sempre fora uma boa patroa. Disse a Jeames que se ele quisesse pegar o carro menor pra ficar com ele não teria problema algum. Ele agradeceu e concordou em ficar com o veículo.

Perto da casa de Jennifer, Sophia, começa a ficar trêmula, suar frio e corar. Jeames percebeu todas as reações da sua patroa pois nunca há tinha visto daquele jeito, mas muito discreto como sempre, ficou quieto na dele, porém pensou: "Aí tem e deve se coisa boa. A patroa merece."
       ― Pronto Srª Sophia chegamos a casa de Srª Jennifer.

Ela morava em uma casa linda, com muitas flores. Realmente encantadora e aconchegante. Sophia ficou dentro do carro esperando Jeames abrir a porta e assim ele fez. Ao sair do carro ela percorreu toda casa com seu olhar, cada detalhes e pensou.
       ― É agora. Tocou a companhia e esperou sua amiga abrir a porta. Ao abrir a porta Jennifer e Sophia pensaram a mesma coisa. Nossa que linda ela está. As duas ficaram por alguns segundos somente nos olhares e depois riram simultaneamente delas mesmas.
       ― Como você está linda Sophia.
       ― Você também esta linda Jennifer, e não mudou nada também.
       ― E então, preparada para irmos?
       ― Sim claro, já podemos ir.

Entraram no carro e foram conversando rindo, lembrando-se do passado. Jeames vendo tudo pelo espelho, mas na dele e com seus pensamentos. Estava intrigado. Como ela está feliz com essa amiga e com Senhor Lucas nunca a viu tão feliz assim.

Chegaram à Casa da Serra e Jeames abriu a porta do carro. Ambas saíram ainda sorrindo das lembranças e mais lembranças do passado.

Sophia chamou Jeames e o dispensou por todo final de semana lembrando-o que só voltaria na segunda-feira. Entregou-lhe a chave do outro carro e disse que tudo ia dar certo com sua mãe. Ele agradeceu, pegou o carro e foi embora.

Sophia por sua vez pensou, enfim ela e Jennifer estavam sós. Jennifer olhou a entrada da casa que parecia mais que uma casa de cinema, olhou os detalhes, o cheiro das flores, o cheirinho bom do mato, viu a piscina de longe. Sophia a convidou para adentrar a casa.
        ― Fique a vontade amiga, e seja muito bem vinda!

Acendeu logo a lareira porque estava um friozinho gostoso na serra, como nenhuma das duas ainda não haviam tomado café da manhã, Sophia, preparou um delicioso café da manhã para elas com chocolate quente, pães de todos os tipos, colocou tudo em uma bandeja e levou para sala de estar junto a lareira.

Jennifer a vontade retirou seus sapatos e já estava sentada no chão. Assim que avistou Sophia foi ao seu encontro para ajudar com a bandeja. Sentaram no chão e começaram a comer, riram bastante das lembranças da adolescência. “Ao tomar o chocolate quente Jennifer acaba sujando a boca com aquele famoso bigodinho de chocolate encima da boca. Sophia começa a rir e Jennifer fica sem graça e sem entender o motivo do riso. Sophia pergunta:
      ― Posso fazer uma coisa?
    ― Sim claro, respondeu Jennifer. ― Mas primeiro fala porque esta rindo tanto. Sophia responde passando o dedo na boca da sua amiga.
     ― É porque você está com um bigodinho de chocolate.

Nessa hora Jennifer sente a mão suave de Sophia ao limpar sua boca. Seus olhares se encontraram, nenhuma das duas falou uma palavra, ambas com a respiração forte e coração acelerado. Seus lábios foram se encostando iniciando um beijo delicioso, sem maldade e sem ninguém pra julgar. E que beijo. Com carinho suas mãos percorriam os corpos uma da outra em carícias delicadas, cheiro, toque, olhares e mais olhares. Mas quando termina o beijo elas se olham. Jennifer pergunta:
        ― O que aconteceu aqui?
       ― Eu confesso Jennifer, você é pessoa mais linda que conheço. Sempre fui apaixonada por você, seu cheiro, sua atenção comigo, sempre esse jeito carinhosa, mas como eu sempre fui muito reservada e tenho uma família super conservadora nunca falei nada a você. ― Isso é uma Confissão, só não sabia como seria. Decepcionada Jennifer?

Jennifer ficou encantada com tudo aquilo, carinhos, palavras doces, o beijo encantador que acabou de dar e receber e ainda com aquele olhar de surpresa, ela ainda devia uma resposta a Sophia.
      ― Eu quero lhe falar uma coisa Sophia. E esse beijo foi mágico, especial, diferente e quente. Perdi-me nas suas carícias e em seu corpo. Eu confesso, também sempre fui apaixonada por você, mas tive medo, receio por causa de família também. Nossas mães são muito amigas. Eu confesso meus sentimentos por você se acenderam em meu corpo, na minha mente e nesse beijo veio tudo a tona.

As duas em confissão e em sentimentos sinceros, uma no colo da outra, fazendo carinhos, cafuné, cheiro toque. Tudo estava perfeito demais. Sophia confessa a Jennifer que quando desligou o telefone teve que ir tomar banho e neste momento havia uma lua linda. Falou que ela fez um pedido a lua para poder ter coragem e declarar seus mais puros e sinceros sentimentos a Jennifer. Disse também que havia sonhado com ela.

Jennifer por sua vez ficou corada e disse que também não conseguiu dormir direito a noite só pensando no encontro delas, afinal são anos afastadas.
          ― Será que o destino está nos unindo novamente? Perguntou Jennifer a Sophia.

Sophia mais centrada disse.
          ― Vamos nos curtir e depois ver no que vai dar. Jennifer aceitou a ideia.

Depois das carícias, beijos, toques e tudo mais Jennifer disse que queria tomar banho.
         ― Vou preparar o melhor banho de espuma para você. Com velas perfumadas e minha música preferida ao fundo. Posso?
         ― É tudo que preciso neste momento - disse Jennifer.

Levou-a até seu quarto, mas ela não entrou, pois estava constrangida. Sophia ficou sem graça com a situação e disse:
         ― Vou colocá-la para dormir no quarto de hóspedes, mas a banheira é no meu banheiro, tudo bem?
           ― Tudo bem. Respondeu Jennifer.

Sophia foi preparando tudo aos olhos de Jennifer, cada momento, cada detalhe, e em todos os momentos elas se beijavam.
           ― Tudo preparado agora.

Sophia saiu do banheiro pra ela ficar bem a vontade, mas Jennifer não queria ficar sozinha, então chamou Sophia para o banho. Essa ficou corada e a beijou novamente. A cada beijo e caricias uma peça de roupa era retirada. Nuas como vieram ao mundo, corpos sensuais, olhares, toques, corpos arrepiados, seios lindos, cabelos soltos simplesmente ao toque das mãos.

Jennifer foi a primeira a entrar na banheira, convidando Sophia, e dizendo para não ter medo e ser feliz e saborear aquele momento. Ao terminar o banho, elas se secaram, mas tiraram toda água. Depois o corpo se secaria com calor da pele uma da outra. Elas estavam pegando fogo. Enigma tocando, velas, o quarto do casal e com isso Jennifer nem se lembrou, foram para a cama, e elas se amaram e amaram de todas as formas.

Segunda feira chegou terminado o fim de semana. Elas prometeram sempre estarem por perto uma da outra e quando os maridos fossem viajar elas se prometeram se encontrar e se amar sem ninguém saber. Apenas Jeames tinha percebido, mas deixou pra lá. Acordaram, se amaram no chuveiro, se arrumaram e desceram para tomar café da manhã. Olhares e risadas tudo perfeito.

Jeames chegou e junto com Sophia foram levar Jennifer para sua casa. Ao chegar à casa de Jennifer elas se olharam e se despediram. Sophia a levou até a porta da sua casa e pediu um pouco de água como desculpa para beijá-la novamente. Nossa e que delícia era Jennifer, que boca, que mãos, que toque, que suave a sua pele.
         ― Agora sim posso ir embora feliz Jennifer. Aguardo você me ligar. Entrou no carro e foi para casa.

No retorno Jeames puxou assunto sobre sua mãe e disse que ela estava melhor e agradeceu sua compreensão. Sophia estava com o pensamento longe e voando. Jeames a trouxe a terra. Senhora Sophia, chamou três vezes, somente na quarta vez ela atendeu.
         ―  Oi Jeames, pode falar.
         ― A Senhora está bem?
         ― Sim Jeames, estou bem e como estou. Podemos ir pra casa...

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