quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O encantamento...

Alisson, tem 26 anos, 1,75 de altura, moreno claro, ombros largos, sorriso cativante, com direito a covinhas, olhos sedutores, preparado, cursando o último ano da faculdade de biologia na cidadezinha da Holanda. E, ainda assim faz free-lance como pintor, coisas pequenas e ainda mais em residências conhecidas apenas. Antje, sua adorada mãe, trabalhava na mansão da dona Heidi como governanta há muitos anos, e assim eram mais amigas do que patroa-secretária do lar. O carinho que ambas tinham uma pela outra, era contagiante.
- Antje, por acaso você não conhece alguém que saiba pintar a mansão, seriam poucos aposentos, não toda ela!
- Sim, dona Heidi, meu filho Alisson ele está no último da faculdade, mas vou entrar em contato com ele agora mesmo, e com isso peço a ele para vir aqui na segunda-feira, tá bem assim para a senhora?
- Sim, minha amiga grata pelo seu carinho e atenção comigo!
Antje, foi ao seus aposentos, e pegou o contato de seu filho.
- Filho, você poderia vir à mansão, falar com a dona Heidi? Ela está precisando de um serviço de pintura aqui na mansão.
- Olá mãezinha, sim irei somente na segunda-feira, pois tenho que entregar PCC na faculdade e depois irei ao encontro de vocês. O que acha, combinado?
- Te amo, mãezinha até!
Laís, escutou toda a conversa das duas por trás da porta. Agora, estava curiosa, para saber como era o filho da Antje. Mas, não queria dar na cara, pois ela tinha medo que ela comentaria com a sua mãe. Laís, era a filha mais nova da dona Heidi, que estava na mansão para cuidar de sua mãe, que encontrava-se debilitada demais da saúde. Tomava remédios controlados e ela estava sozinha fazia tempo. Não queria se envolver em roubada, queria discrição. Não, iria aguentar aguardar até segunda-feira. Ansiosa, e danada...
Segunda-feira, pela manhã Alisson levou o seu PCC até a faculdade, já estava liberado para ir ter com a dona Heidi e sua mãe Antje e depois ficaria liberado para as suas pendências do seu dia.
Ás 10.30h, Alisson chega na mansão e fica deslumbrado de tão linda, toda branca, com flores na sacada, parecendo aquelas de filmes românticos. Olhava, os detalhes de tudo, imaginava as histórias que ai existiam. Daria tudo para descobrir algumas delas...
- Olá bom dia, estou sendo aguardado pela dona Heidi e a senhora Antje a governanta minha mãe. Será, que posso entrar?
- Um momento, por favor! Vou pedir a autorização da mesma, e somente com isso poderá ser liberado e adentrar a mansão.
- Sim, claro, fique à vontade.
O senhor Luccas, interfonou para a mansão, informando que o Alisson está na porta-principal. Antje, atendeu o interfone.
- Sim, Luccas, é meu filho , ele fará alguns reparos aqui na mansão com a autorização da dona Heidi.
- Ok, Antje. Estou liberando. Até.
- Senhor Alisson a sua autorização foi dada, me desculpe pela demora, mas são as normas da mansão, sim?
- Claro, é seu trabalho, não se incomode comigo. Faria o mesmo. Até mais.
- Até.
Enquanto isso, Heidi fazia pedidos á Antje.
- Antje, faça o favor? Converse com seu filho, e me prepare o café da manhã, e traga assim que estiver pornto, com direito a tudo. Encaminhe-o à biblioteca estarei aguardando por vocês.
- Sim, senhora Heidi. Preparo tudo ao seu gosto. E, levo meu filho quando terminarmos de conversar.
Alisson, adentra a mansão e foi procurando a cozinha atrás de sua mãe.
- Mãe, cadê a senhora?
- Na cozinha, filho. Se perdeu não foi?- Risos. - A mansão é enorme, eu no começo me perdia.
- Oi, mãe realmente a mansão é enorme, sim! - beijou a fase da sua mãe.
- Vamos ao que te trouxe aqui! A minha senhora, quer conversar com você, e com isso está nos aguardando na biblioteca. Eu, apenas estou terminando o café e assim iremos eu e você para conversar com ela, sim?
Alisson, mais uma vez fica admirado, com os detalhes, agora com os da cozinha, e com isso viajava.
- Alisson, meu filho acorda!!!! Sei que você está olhando os detalhes daqui da cozinha, mas temos que ir, pois o café está pronto, e dona Heidi nos aguarda na biblioteca .
- Sim, mãe, estou viajando mesmo. Lá fora, antes de adentrar a mansão já estava assim. Mas, vamos ter com a dona Heidi, e ver o que ela necessita sim?
Batidas na porta da biblioteca.
- Com sua licença dona Heidi, estou com o café e com meu filho Alisson...
- Entrem , por favor. - A voz vinha da cadeira, que estava virada de costas para a porta. Quando, ficou de frente, para a surpresa de Antje e principalmente para a do Alisson, não era a dona Heidi, e sim Laís a sua filha mais nova.
- Ué Laís, cadê a sua mãe? Ela, me pediu para encontrá-la aqui na biblioteca e pra conversar com meu filho, e durante a conversa iriam tomar o café. Não, entendi nada!
- Calma, Antje, ela estava terminando de se ajeitar. Prazer, Alisson me chamo Laís, e nossa que filho lindo hein, Antje? Nunca, me disse que ele fosse assim, lindo, charmoso. Bem, vou pegar uns pãezinhos, e preciso me retirar. Vou na faculdade, ver minhas notas, até mais Alisson. Me parece, que iremos nos ver ainda... (saiu se abanando toda, pois ele era realmente lindo).
- Sim, senhorita Laís, o prazer é todo meu! E com certeza, iremos nos encontrar aqui mais vezes, pelo visto sua mãe necessita de uns serviços mesmos. E, boa sorte na faculdade acabei de chegar da minha. Até mais.
- Humm, sinto cheiro de paquera no ar? - Heidi descendo as escadas, e logo escutou tudo, acabou rindo do jeito de Laís. - Essa minha filha, não tem mesmo juízo algum.
- Olá, desculpa a surpresa que vocês tiveram, mas ela queria saber quem era seu filho Antje, não conhece ainda a Laís?
- Sim, senhora dona Heidi, conheço muito bem, mas ela é incrívelmente sincera e muito brincalhona.
- Sim, mas é muito simpática e ainda sou casado, respeito as pessoas, fique tranquila dona Heidi.
- Ok, vamos ao que interessa, certo? Bem estou precisando de seus serviços, são apenas três aposentos, a sala, cozinha, banheiros, área de serviço. Será que você pode fazer isso antes das festas de fim de ano?
- Sim, senhora dá tempo sim, ficarei feliz em ajudá-la. Será que posso verificar os aposentos e o restante da mansão que a senhora necessite do meu serviço???
- Claro que sim, fique á vontade. Eu, irei terminar de me arrumar, pois sairei com a sua mãe. Apenas termine o café sim? Grata, por ter vindo aqui. Antje, vou me arrumar, se ajeite pois saíremos em 20 minutos.
- Sim, senhora dona Heidi. Filho, fica á vontade, ficará sozinho na mansão, em uma hora voltaremos sim? Já vai vendo do que precise, e peça a dona Heidi que compre, ou você mesmo compra. Vou me arrumar. Até!
- Ok, minha mãe a dona Heidi me disse para ficar á vontade e conhecer os aposentos da mansão, farei isso mesmo, e vou estudar o material que será utilizado aqui. Beijos, até mais tarde. - Alisson terminou o café e assim, foi ver os aposentos, saberia que iria pintar o quarto de Laís, a sua curiosidade falou mais alto. Foi ter nele em primeiro lugar.
Alisson, entrou no quarto de Laís, e assim queria saber se ela era solteira, se não tinha namorado algum, ou qualquer coisa do gênero. Pois, estava encantado com aquela mulher linda, loira, estatura baixa, encantadora, sorriso fácil, cabelos lisos, boca bem desenhada, branquinha, olhos castanhos. Ele estava interessado nela. Olha o que o destino acabara de me apresentar, uma mulher interessante na minha vida, mas, sou casado!
Ele, não encontrou nenhuma foto com rapazes, no painel, apenas fotos com amigas, mas pensava por que não teria nenhuma? Mulher, linda, e sozinha? Solteira sim, mas sozinha nunca, ou seria opção dela??? Talvez, seria por causa da mãe, que tinha que cuidar... Quem sabe?
Viu as fotos viagens nas cidades de Bruxelas, Bélgica, Alemanha. Sorrisos na viagem, alegrias nas festas, mas homem nenhum! Reservada demais, seu jeito meigo ele queria conhecer. Mas, como sendo casado? Será que ela daria uma chance á ele?
- Voltamos, filho cadê você?
- Aqui, mãe no quarto da senhorita Laís! Vou descer.
Ficou pensando nela, como seria interessante ter ela como amiga, ou quem sabe algo mais?
- Pronto, dona Heidi, acabei de verificar os aposentos, e já sei do que vou precisar, anotei tudo nesse papel. A senhora, poderia comprar o quanto antes pra começar a fazer a pintura!
- Sim. Alisson, vou agora mesmo comprar. Você já pode começar hoje?
- Sim, senhora!
Laís, acabava de retornar da faculdade, fazendo a maior bagunça com o carro buzinando.
- Biiiiiiiiiiiii, passei na facul, iuppppppppi.
- Passei, mãe, Antje, Alisson estava preocupada demais. Uhuhuhu, agora sombra e quase água fresca...
Todos juntos em um único som: "Parabéns"!
- Que chique até parece que vocês combinaram?
- Então, Alisson você pode comprar o material e fique á vontade sim? Com licença, vamos Antje.
- Sim, deixe comigo dona Heidi, irei agora mesmo, na loja!
Laís, saiu do carro se arrumou e foi para a piscina.
Alisson ficou nos olhares com ela, saiu para comprar as coisas. E, quando retornou, começou a fazer o seu serviço. Laís, e Antje sempre amigas, conversavam sobre tudo, e agora iriam ter mais assunto.
Laís, observava o Alisson trabalhando, de longe, cada movimentos, toques, entre isso, os olhares e sorrisos discretos!
Dando  as 17hrs, Alisson convida Laís.
- Laís, você estaria livre para dar um pulinho naquela taberna aqui pertinho? Sentarmos conversarmos um pouco, apenas amigos? Fez o convite diante da mãe dela, e da Antje.
- É, cuidado ele é casado. Viu?
- Nossa, que coisa feia mãe, não gosto disso não! Respeito as pessoas viu?
- Sim, Alisson irei, você poderia me aguardar? É só o tempo de terminar de me arrumar!
- Claro, que sim.
Laís foi ao toalete, passou o perfume, batom penteou as suas madeixas loiras, pronta aí sim estava linda!
- Agora podemos ir, Alisson.
Despediu-se da sua mãe, da Antje e foi embora com o Alisson, que estava feliz, por ela ter aceito o convite.
- Nossa como você está cheirosa, Laís! -
Ela por sua vez ficara com vergonha, fazia tanto tempo que não recebia elogios.
- Grata, mas você idem.
- Agradeço, mas nada comparado aos eu perfume!
Laís, quase disse a ele para sentir o perfume de pertinho, mas não saberia como iria reagir. Ela uma mulher de mais idade que ele, não estava feliz com seu corpo, e fazia tempo que não estava com alguém. Ficava preocupada, mas estava feliz, fazia tempo que não saía, mas com tudo acontecendo com a sua mãe, nem podia pensar em sair, curtir a sua vida nem nada.
- Pronto, é aqui que me escondo, Laís, quando quero sair dos problemas, descansar de tudo e mais um pouco. Olha que lugar encantador!
- Sim, excelente lugar mesmo, envolvente demais. Estou agradecida por você ter me convidado, mas o que a minha mãe disse na mansão, é verdade? Você é casado, mesmo?
Laís perguntou num tom de desânimo, olhos franzinos, baixos tristes...A alegria parecia que naquele momento tinha ido embora.
- Laís, sim sou casado! Sei que minha mãe já tinha dito a você.
- Sim, sabia já. É, fogo né? Mas, ela me disse que você não estavam tão bem assim, pensei que tivesse se separando...
- Sim, estamos na corda bamba. Estou infeliz. E adoraria conhecer você melhor, podemos?
- Claro, mas hoje não quero tocar nesses assuntos, ok?
- Sim, porque também estamos em local público e todos me conhecem e a ti.
- Sim, vamos mudar de assunto.
Pediram uma garrafa de vinho e com isso o papo fluiu bem diferente a noite toda. A amizade deles estava fluindo normalmente. Só tinha uma problema, Laís era fraca com a bebida, e já estava alegrinha.
- Iupppppppp, levinha levinha, só você mesmo, Alisson para fazer eu sair de casa! Grata, me sentindo bem e feliz. Vendo gente diferente...
- Você toda assim com uma garrafa de vinho? Imagino a noite toda bebendo...
- Epa, nem posso se esqueceu da minha mãe??? Uiii, mas iria adorar.
Quando sairam, Laís, estava querendo dançar, mas procurou onde?
- Uiii, olha isso Alisson, vou fazer um "pole-dance" aqui nesse poste, posso???
- Eita, mulher seja feliz, adoro te ver sorrindo.
Laís, se soltou e começou a girar no poste de luz, aqueles do século XIX, bem antigos, chamou um pouco a atenção dos demais. Mas, ninguém tinha nada com a vida dela, e naquele momento estava pensando nada. E, naquele homem, lindo, jovem, e estava com ela á noite toda.
- Bem, Laís, preciso ir embora, você ainda ficará?
- Não, Alisson me vou também, a minha mãe deve estar precisando de mim!
- Podemos ir então? Meu bonde vai passar logo logo, não quero perdê-lo sim?
- Claro, eu deixo você no ponto do bonde. Vamos!
Conversaram até o ponto final do bonde, trocaram ideias, sorrisos, olhares. Laís se despediu, e Alisson lhe deu um beijo na sua fase.
-"Nossa que beijo mágico, na bochecha, mas mágico"- Até segunda-feira querido.
- Até, Laís se cuide
Laís, não ia conseguir esperar ele atá segunda-feira. Mas, pensou ele é casado, o que iria querer com ela?

A & A ( Parte I )

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